Biografia de Sinatra. Afinal, a Voz tinha um "feitio intragável"

Segundo e último volume da autoria de James Kaplan revela pormenores menos simpáticos sobre o músico norte-americano
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Ano de 1961. Frank Sinatra visitava o amigo e compositor Jimmy Van Heusen na sua casa em Hollywood, na Califórnia. "Um dos maiores tesouros do compositor era um retrato seu ao piano. Tinha sido uma oferta especial [de Norman Rockwell]. Sinatra agarrou numa faca de cozinha, saltou para junto da tela e rasgou-a em pedaços", contou o jornalista Kitty Kelley, com base em declarações de um dos presentes no local, a James Kaplan. Esta é apenas um "ataques de fúria" de A Voz - como o intérprete de New York, New York e My Way é conhecido - descritas em Sinatra: The Chairman. O segundo e último volume, que desfia a vida do cantor norte-americano, da autoria daquele romancista e biógrafo, foi lançado nesta semana e atribui-lhe o epípeto de "intragável".

Quando estava de "mau humor", relata James Kaplan, Frank Sinatra - filho de imigrantes italianos nos Estados Unidos da América e nascido em dezembro de 1915 na cidade de Hoboken, Nova Jérsia - conseguia deixar as pessoas que o rodeavam de boca aberta. Isto porque esse seu feitio se traduzia, nesses instantes, em total "descontrolo" e acessos de raiva. Quando acabou de destruir a pintura de Norman Rockwell para Van Heusen, terá dito: "Se tentares arranjá-la, eu regresso e rebento com a merda da parede." O compositor "ficou em silêncio", conta a obra.

Esta é mais uma acha para a fogueira. Já no livro Frank Sinatra, lançado em 2004, Chris Rojek contava vários episódios em que a raiva tomou conta do músico. "Há muitos exemplos do temperamento impulsivo e violento de Sinatra (...). Nos anos 1950, numa festa em casa de Gary Cooper, Sinatra atacou uma jovem e empurrou-a contra uma janela de vidro", lê-se.

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